A Guayí (nome que significa “semente” no idioma guarani) tem como objetivo desenvolver processos comunitários e ações educativas, colaborando com a construção de políticas públicas com cidadania e participação social. Busca estimular a auto-organização da sociedade na construção de seus direitos, na perspectiva generosa e solidária de um outro mundo possível. Assim, procura compartilhar uma reflexão crítica sobre a realidade, estimulando e fomentando estratégias e ações que se contraponham à lógica excludente do sistema capitalista.

Surgimos em 2001 e desde então nossa atuação tem como fundamento a auto-organização e a democracia participativa, o feminismo e a economia solidária, a ecologia e o respeito à diversidade, os direitos humanos e a resolução de conflitos sem violência, a democratização da comunicação, o fomento à criatividade e ao conhecimento livre, a necessidade e a possibilidade de uma sociedade justa,  democrática e solidária.

A relação com o Cultura Viva surge em abril de 2005. Por entendermos que a trajetória da Guayí era passível de reconhecimento como Ponto de Cultura, elaboramos um projeto para desenvolver um espaço cultural comunitário respondendo a um edital do Ministério da Cultura que propunha “pontos de cultura”como forma de provocar a potencialidade cultural de comunidades e diferentes  segmentos sociais e culturais do Brasil. 

Com a parceria de lideranças comunitárias do Orçamento Participativo da região do Cristal e com o SINTRAJUFE – Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal, parceiro que cedeu o local para o desenvolvimento da proposta, em janeiro de 2008 ocupamos a casa da Avenida Capivari 602, que desde então abriga o Quilombo do Sopapo. O Quilombo do Sopapo construiu sua própria história, da qual a Guayí muito se orgulha de fazer parte. História que conta com a experiência de um Conselho Gestor Comunitário que inspirou a inserção dos Comitês Gestores Comunitários na Lei Cultura Viva do Rio Grande do Sul.